segunda-feira, 6 de junho de 2011

Coluna Intervalo - 24/05/2011

Intervalo

Discutindo Educação e Cultura.

Por: Leandro Terres Martins*

Ói nóis aqui otra veiz

A manchete: MEC adota livro com o objetivo de ensinar a falar e a escrever errado.” vem assombrando gramáticos, linguistas e professores em geral.

Pobres doutores da lei, se não conseguem nem entender o texto proposto pelo livro da coleção Viver e Aprender, voltado à educação de jovens e adultos, como ousam defender ferrenhamente a Língua Portuguesa que tanto amam?

Penso que todos nós já temos consciência de que a língua falada difere da escrita. Nossa língua portuguesa tão arduamente defendida por estes que aí estão é viva e não precisa de cavaleiros em armaduras para defendê-la. Ao longo de sua história ela vem sofrendo mutações além de nossa vã vontade. O que o livro do MEC propõe é que reflitamos sobre o uso da língua e que entendamos o processo de transformação que nela ocorre. Em nenhum momento o livro fala em “ensinar errado”, apenas mostra as diferenças que ocorrem entre o falar e o escrever e lembra que a norma escrita é uma questão de adequação.

Vamos parar com teorias da conspiração e em fazer reboliços com assuntos que nos chegam permeados pela sombra da nossa ignorância.

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Camaquã: Terra de Poesia

A saga poética de Camaquã segue nos anos 70 com a presença de Laury Farias dos Santos, poeta e declamador tradicionalista. Nascido em 08 de março de 1930 foi um dos fundadores da Estância da Poesia Crioula. Representou a cidade durante muitos anos em Congressos Tradicionalistas por todo o estado. Seus poemas eram publicados em jornais como o Correio do Povo e nas antologias da entidade da qual fazia parte. Faleceu em 22 de maio de 1974. No ano de 2001 sua obra foi resgatada no livro póstumo, Versos Crioulos.
O precursor da poesia modernista camaqüense é Evandro Gomes, nascido em 11 de agosto de 1958, filho de Ederaldo de Souza Gomes, fundador da farmácia mais antiga da cidade. Evandro, em 1979, publica o livro poético Cacos & Insetos.

Reticenciamento


Quanto mais eu me concluo
Muito mais eu me improviso.
Resgato-me do dia de ontem E adio-me para outro século
E por lá invento meu próprio tempo
Num eterno reticenciamento de vida e solidão.

Evandro Gomes

Em tempo: Camaquã não merecia uma Biblioteca Pública localizada em área mais central, para melhor acesso de sua população?

Vamos refletir, e até a próxima.

*Professor, Poeta e Escritor. Membro da Capocam.

Msn e email: leandromartinsy2004@hotmail.com

Blogs: http://lcambara2010.blogspot.com/

http://lcambara.wordpress.com/

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